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Israel e Hezbollah trocam ataques em meio a guerra em

Mais de uma semana após o início de um conflito entre Israel e grupo palestino Hamas, as forças armadas israelenses e o grupo libanês Hezbollah disseram ter trocado ataques na fronteira entre os dois países. O governo do Irã alertou Israel sobre a possibilidade de o confronto até então localizado na Faixa de Gaza e arredores se espalhar pelo Oriente Médio.

“Se as agressões sionistas não pararem, as mãos de todos os partidos da região estarão no gatilho”, afirmou o ministro das Relações Exteriores iraniano, Hossein Amir Abdollahian.

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As Forças de Defesa de Israel (FDI) afirmaram ter atingido vários alvos militares no Líbano, no sábado (14). Em um comunicado, os militares israelenses sustentam que as estruturas atingidas pertencem ao Hezbollah.

“Aeronaves, artilharia e tanques das FDI atingiram vários alvos militares da organização terrorista Hezbollah, no Líbano, em resposta aos morteiros lançados contra o território israelense hoje cedo”, informou Israel.

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O Hezbollah, por sua vez, admitiu ter atacado postos israelenses perto da tríplice fronteira entre Líbano, Israel e Síria, na sexta-feira (13). O grupo disse ter bombardeado posições do exército israelense com mísseis teleguiados e granadas. Um posto de vigilância israelense de Burkat Al-Naqqar “foi destruído”, segundo o Hezbollah.

Guerra

Os ataques do Hezbollah ocorrem após o governo de Israel ter declarado guerra contra o Hamas, grupo islâmico de resistência ao avanço israelense sobre o território palestino e que controla a Faixa de Gaza. No último sábado (7), o Hamas deflagrou o mais ousado ataque contra o território israelense em décadas, atingindo civis e militares indistintamente, por terra e pelo ar.

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A ofensiva do Hamas provocou uma severa reação militar de Israel, que passou a bombardear ininterruptamente a Faixa de Gaza – um estreito pedaço de terra de 41 quilômetros de comprimento por 10 quilômetros de largura, banhada pelo Mar Mediterrâneo, onde vivem cerca de 2,2 milhões de palestinos.

Em nota, as Forças de Defesa de Israel afirmam estar preparadas para implementar “uma ampla gama de planos ofensivos operacionais” em Gaza. Segundo as FDI, “as próximas fases da guerra, com ênfase em operações terrestres significativas […] podem incluir ataques combinados e coordenados por via aérea, marítima e terrestre”.

Ultimato

Terminou às 7h deste domingo (15), no horário de Brasília, o novo prazo dado por Israel para que civis palestinos evacuem o norte da Faixa de Gaza. Com isso, aumenta o temor de que tropas israelenses façam uma invasão terrestre do território.

Desde o início do conflito, mais de 4 mil pessoas morreram. Foram mais de 2,6 mil em Gaza, segundo balanço palestino; e outras 1,4 mil em Israel, de acordo com autoridades locais. O número de mortos é o maior em Gaza em toda a história. Também é o pior em mais de 50 anos no lado israelense.

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Israel já lançou cerca de 6 mil bombas na Faixa de Gaza em uma semana. Em média, houve uma explosão a cada 2 minutos de confronto.

Bombardeios israelenses atingiram hospitais, campos de refugiados, prédios residenciais, veículos de imprensa e universidades. Ao menos sete jornalistas já morreram em Gaza.

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A Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina estima que 1 milhão de palestinos foram obrigados a deixar suas casas.

Resgate de brasileiros

Na madrugada deste domingo, chegou ao Brasil o quinto voo da operação do governo federal para resgate de brasileiros na área do confronto. O pouso ocorreu por volta das 1h45, no Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão), no Rio de Janeiro.

Estavam a bordo 215 brasileiros, sendo nove bebês de colo. Eles embarcaram em Tel Aviv, em Israel, no sábado.

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Nesta primeira fase da operação já são 916 pessoas resgatadas.

A Presidência da República também destacou um avião para resgatar o grupo de brasileiros que está no lado palestino do confronto. O avião continua em Roma, na Itália, esperando autorização de autoridades egípcias para ir ao Egito.

No sábado, um grupo com 16 brasileiros iniciou o deslocamento para cruzar a fronteira. Eles estavam abrigados na escola católica Rosary Sisters, no norte de Gaza, e seguiram num ônibus fretado pelo governo brasileiro para Khan Yunis, ao sul da Faixa de Gaza. Lá, se juntaram a um outro grupo de cerca de dez brasileiros que têm interesse na repatriação.

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Também no sábado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) telefonou e articulou com presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, e com o presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sissi, o apoio à retirada de brasileiros que estão tentando deixar a Faixa de Gaza. Quando estiverem no Egito, os brasileiros seguirão para aeroporto que ainda será definido para o traslado final do grupo para o Brasil.

"Os brasileiros que estavam em Gaza conseguiram sair da zona de conflito e chegaram a Khan Yunis, posto de fronteira com o Egito. Agora, vamos esperar que essa fronteira abra. Assim que abrir, imediatamente a gente consegue fazer o nosso pessoal cruzar. Mas, graças a Deus, eles estão longe da parte mais intensa dos bombardeios, que é a parte horte", afirmou o embaixador Alessandro Candeas, chefe do Escritório de Representação do Brasil em Ramallah, na Cisjordânia.

*Com informações da Agência Brasil

 

Edição: Raquel Setz

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